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Beremiz depois de meditar em silêncio durante dois ou três minutos, respondeu:
– A divisão dos 21 vasos, que acabais de apresentar, ó xeque, poderá ser feita sem grandes cálculos. Vou indicar a solução que me parece mais simples.
Ao primeiro sócio caberão:
- 3 vasos cheios;
- 1 meio cheio;
- 3 vazios.
Receberá, desse modo, um total de 7 vasos. Ao segundo sócio caberão:
- 2 vasos cheios;
- 3 meio cheios;
- 2 vazios.
Este receberá também 7 vasos. A cota que tocará ao terceiro sócio será igual à do segundo, isto é:
- 2 vasos cheios;
- 3 meio cheios;
- 2 vazios.
Segundo a partilha que acabo de indicar, cada sócio receberá 7 vasos e a mesma porção de vinho. Com efeito. Chamemos 2 (dois) a porção de vinho de um vaso cheio, e 1 a porção de vinho do vaso meio vazio.
O primeiro sócio de acordo com a partilha, receberá:
2 + 2 + 2 + 1
E essa soma é igual a 7 unidades de vinho. E cada um dos outros dois sócios receberá:
2 + 2 + 1 + 1 + 1
E essa soma é também igual a 7 unidades de vinho. E isso vem provar que a divisão por mim sugerida é certa e justa. O problema que na aparência é complicado, não oferece a menor dificuldade quando resolvido numericamente.
A solução apresentada por Beremiz foi recebida com muito agrado, não só pelo xeque, como também pelos seus amigos damascenos.
– Por Allah! – exclamou o jovem da esmeralda. – Esse calculista é prodigioso! Resolveu de improviso um problema que nos parecia dificílimo.
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